quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Das vantagens de ser bobo

Mais uma pérola da Clarice... Em homenagem a minhas queridas amigas bobas!


Das vantangens de ser bobo



"O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.
É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca.

É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo."

Clarice Lispector

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Poema para uma esposa morta

A CAROLINA




Querida, ao pé do leito derradeiro

Em que descansas dessa longa vida,

Aqui venho e virei, pobre querida,

Trazer-te o coração do companheiro.



Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro

Que, a despeito de toda a humana lida,

Fez a nossa existência apetecida

E num recanto pôs um mundo inteiro.



Trago-te flores, - restos arrancados

Da terra que nos viu passar unidos

E ora mortos nos deixa e separados.



Que eu, se tenho nos olhos malferidos

Pensamentos de vida formulados,

São pensamentos idos e vividos.



Machado de Assis

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu queria entender todas essas dúvidas e acalentar seu coração.

Eu queria abraçar você bem forte e rever todos os dias (e mais dias ainda se eu pudesse) esse sorriso puro em sua face e essa energia leve de seu corpo.

Eu queria conseguir voltar as vezes no tempo só para sentir novamente com toda intensidade esses momento de ternura e amor tão puro que desde que você veio vivemos.

Não existiria lugar para mim no mundo a não ser esse.

Eu aqui sou muito feliz, feliz, feliz!

A minha grande tristeza é saber que tudo vai acabar e seremos apenas mais um antepassado genético distante do que ou de quem será.

Bom, espero que isso demore, porque eu não quero perder um segundo dessa Vida.

Quanto ao mundo, não existem esperanças para nós dois, mas mesmo assim eu lutarei por ele, por amor altruísta pelos seres que virão.

Mentira. Eu tenho esperança que eu permaneça para ver uma vida mais harmônica. Mas sei que isso é irracional.

domingo, 17 de outubro de 2010

Reinventando sensações

Ah, tempo, desdobra-me!


Futuro de um passado presente

um Beijo sonhado sem memória

ardente

um corpo e o desejo e o outro

alegre, o beijo, o orgasmo.



E um dia tão lindo! Obrigada!

Inspira-me toda, lembranças, desejos.

Eternos, pequenas crianças

a água no rosto, correndo pelados

o balanço, a piscina, o barro!

A trilha! Tão rápida!

Devagar, senão acaba, ele não quer:

- Entendo-lhe pequeno Urso amado.



Memórias, não me deixem

não me deixem...

Não me deixem, eu rezo suplicante!

Sobrevivam além do meu fim, em mim!



O sono não queremos, assim o dia acaba

um dia tão lindo...

Mas é preciso dormir...

Memórias permaneçam, e as outras reinventem- se!!!

Porque está perto o meu fim.



Meu corpo e o desejo, a mente e a memória,

brinquedos,

pelados,

molhados,

a água no rosto,

alegres,

suados,

ardentes!

Devagar, senão acaba, ela não quer.

-Entendo-lhe Flor amada.



Memórias, não me deixem

não me deixem...

Não me deixem, eu rogo suplicante!

Sobrevivam além do meu fim, em mim!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para mim

Para alguém que repensa cada instante,
mas sabe que escrever é um se congelar.

Poesia.

Para alguém que deseja se entender,
mas desconfia que nunca o fará.

Poesia.

Para alguém que reconhece e agradece,
mas não gosta de citar.

Poesia.


Para alguém que entende o prazer de discutir,
mas odeia brigar.

Poesia.

Para alguém que o conhecimento é parco
mas o sentimento, emoção e a curiosidade não permitem descansar.

Poesia.

Para alguém que pretende descrever o simples viver,
Mas rejeita o simplificar.

Poesia.

Para os que pouco sabem,
mas que amam divagar.

Poesia

Para aqueles que vivem sob as regras,
mas desejariam transbordar.

Poesia.


Para mim,
essa poesia...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um fato

Eu não tenho nada de muito interessante.
Nenhuma novidade.

Só queria deixar constar aqui.

Uma pergunta

Ultimamente, me são constantes essas perguntas:

Será que eu "seguro as pontas"?
Será que eu consigo?


Muitas vezes eu me sinto sem saída.
Mas aí eu lembro do meu otimismo e penso que é porque estou expandindo meus limites.

Olha essas perguntas me inundam de um jeito, que eu fico meio desfocada, sem fala.
Perco o ritmo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Não posso mais dormir


Essa vida imensa que existe aqui por dentro.
Em arte pequena se exteriora.
Porque eu nunca fui mesmo muito cheia de detalhes.
E meu olhar também sempre foi um pouco falho.
Eu sempre vivi tudo internamente.

Quando criança eu já fui grande artista.
Inventora, sonhadora, dançarina...
Mas chegou um tempo, eu adormeci bem lá dentro.

Esqueci.

Outra coisa, é que eu também sou otimista demais.
Um dos meus primeiros poemas (lembra Othon?)
esse amigo comentou:
"puxa, eu nunca consegui fazer um poema bonito e alegre"
Difícil mergulhar na dor.

Engraçado, que não é que a minha dor não seja intensa.
Mas fica bem interna, guardada e protegida do mundo.
Porque é muito séria e só minha.

E também, o mau julgamento alheio sempre me afetou muito.
E o motivo disso foi porque eu cresci mal acostumada,
pois o mundo sempre foi extremamente bom comigo.
Eu deveria ser mais uma enganada.

Porquê me desvirtuei em vírus?

Talvez porque eu sempre fui aérea demais.
Como se eu flutuasse vendo minha vida-filme lá do alto.
Vivendo, mas apenas por acaso.
E quando se sabe desse por acaso, parece que entende.
Eu sempre soube que se pode falar de uma formiga apenas, em muitas, muitas páginas.
Mais de 40...(não é?)

Eu me recuso agora a viver com os sentidos tampados.
Viver essa felicidade fingida.
Eu quero a felicidade clandestina.
Porque nesse mundo, é um crime ser feliz,
é ignorar.
E nem dormir eu quero mais.

Eu não quero mais essa infância alegre.
Foi bom, obrigada, mundo.
Uma viagem.
Aterrissei.
Agora eu vivo aqui.

Olha, eu vejo tudo como uma contradição louca.
E meu pensamento mesmo, é muito confuso.
E também sei que sou limitada demais.

Eu sigo desbravando.

(Dedicado a meu amigo pueril e ao Piriquito.)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mente fria, corpo quente.

imagem daqui
Sim, eu estudo, em uma universidade. Eu trabalho um pouco também.
Vou às aulas de inglês.

Meus filhos, no entanto, estão sempre em primeiro lugar.

Não há como ser diferente.

Frutos do meu corpo,
resquícios do meu sangue,
paridos através do esforço da minha mente e corpo,
alimentados com o sangue filtrado pelos meus orgãos
e purificado em leite escorrido dos seios desse meu corpo,
que sabe que é para isso que existe, humana, que sou.

Minha mente se reinventa, se desfaz, se renova, acontece, revira, esforça para ser a super mulher que a atual era da humanidade me proporciona vir a ser. E sim, isso tudo é muito importante. Eu quero ser sim, mais do que simplesmente humana. Sim, eu desejo o conhecimento, o trabalho mental, a construção constante de algo melhor dentro de mim.

Mas meu corpo, ah, esse... Não o esqueço, nem desejo negá-lo.

Meu corpo animal e ancestral, uma célula que se especializou em corpo.
Meus filhos nascidos dessas vísceras, surgidos em meu útero. Vida!

Sou ancestral e sou do futuro (talvez mais ancestral do que do futuro, mas eu chego lá.)

Nada contraditório, dentro de mim. O mundo ancestral valorizava mais a mulher do que o mundo atual, e com isso eu também me identifico.

Eu quero ter mais um filho.
Eu quero fazer um doutorado, eu quero escrever livros, criar para o mundo.

Que minhas falhas sejam menores e que meu ser possa encontrar meios de frustar as frustações e realizar-se, engradecer-se, prover o mundo e meus filhos com o retorno de algo maior, melhor, de mim.


Essa é minha oração, nessa noite fria. (Dedicado à amiga de classe e blogueira Stela e à Iara, amiga e célula extremamente especial lizada)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Acabada, direitos mãe e bebê e força para continuar!

Daí, que eu estou tão cansada e acabada que não consigo nem dormir direito.

Alguns textos em andamento, mas nada pronto.

Mas, sei que posso fazer muito mais, tento me organizar a cada dia!


Abaixo um texto com os direitos da mãe e do bebê ao nascer.

Espalhem essa informação!

Para quem mora em BH e deseja mais informações: http://www.bemnascer.com.br/



Os direitos do Binomio “MãeBebe
(MãeBebe juntinhos assim sem separação entre eles)


(derivados da Iniciativa Internacional para o Nascimento “MãeBebe”)



1. Você e seu bebe têm o direito de serem tratados com respeito e dignidade.
2. Você tem o direito de estar envolvida e completamente informada sobre a assistência que você e seu bebê recebem.

3. Você tem o direito de receber informação numa linguagem e terminologia que lhe sejam compreensíveis.

4. Você tem o direito ao consentimento informado e à recusa informada para qualquer tratamento, procedimento ou outro aspecto da assistência para você e seu bebe.

5. Você e seu bebe têm o direito de receber assistência que fortalece e otimiza os processos normais de gravidez, parto e pós-parto em um modelo de assistência conhecido como “parteria” ou “MãeBebe”.

6. Você e seu bebe têm o direito de receber suporte emocional contínuo por pessoa de sua escolha durante o trabalho de parto e no parto.

7. Você tem o direito a que lhe sejam oferecidas medidas de conforto e alívio não farmacológico da dor durante o trabalho de parto e de que sejam explicados para si e seus familiares os benefícios de tais medidas e seus meios.

8. Você e seu bebe têm o direito de que a assistência recebida consista de práticas baseadas em evidências científicas comprovadamente benéficas de apoio ao processo fisiológico normal de trabalho de parto, parto e pós-parto.

9. Você e seu bebe têm o direito de receber assistência que busque evitar procedimentos e práticas potencialmente danosos.

10. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes a ambiente saudável para atenção ao parto e prevenção de doenças.

11. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes à sexualidade responsável, planejamento familiar e sobre os direitos reprodutivos das mulheres, assim como acesso às opções de planejamento familiar.

12. Você tem o direito de receber assistência ao pré-natal, ao parto, ao pós-parto e ao recém nascido centrada em sua saúde física e emocional, no contexto de suas relações familiares e no ambiente de sua comunidade.

13. Você e seu bebe têm direito a tratamento de emergências baseado em evidências científicas para condições que colocam em risco suas vidas.

14. Você e seu bebe têm direito a serem assistidos por pequeno número de prestadores de cuidado que trabalhem de forma colaborativa de forma transdisciplinar, transcultural e interinstitucional, que providenciem interconsultas com especialistas indicados e facilitem transferências para instituições apropriadas quando for necessário.

15. Você tem o direito a tomar conhecimento e que lhe mostrem como acessar os serviços comunitários disponíveis para você e seu bebe.

16. Você e seu bebe têm o direto de serem cuidados por prestadores com conhecimentos e habilidades para apoiar a amamentação.

17. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes aos benefícios e ao manejo da amamentação e que lhe seja mostrado como amamentar e como manter a lactação, mesmo quando você e seu bebe precisam ficar separados por razões médicas.

18. Você e seu bebe têm o direito de iniciar a amamentação nos primeiros 30 minutos após o parto, de ficarem juntos em contato pele-a-pele pelo menos na primeira hora de vida, de ficar juntos nas 24 horas do dia e de amamentar sob livre demanda.

19. Seu bebe tem o direito de que não lhe sejam oferecidos bicos artificiais ou chupetas, e que não lhe seja oferecida nenhuma outra comida ou bebida além do leite materno, a não ser que seja medicamente indicado.

20. Você tem o direito de ser encaminhada a um grupo de apoio à amamentação, se disponível, após a alta do serviço de atenção ao parto.


* Nossos agradecimentos a Marcia Westmoreland, Robbie Davis-Floyd e Rodolfo Gomez pelo seu trabalho de extrapolar esses direitos do binòmio MãeBebê do texto da IMBCI.




Traduzido para o português por Daphne Rattner



MotherBaby Rights*


(derived from the International MotherBaby Childbirth Initiative)

1. You and your baby have the right to be treated with respect and dignity.

2. You have the right to be involved in and fully informed about care for yourself and your baby.

3. You have the right to be communicated with in a language and in terminology that you understand.

4. You have the right to informed consent and to informed refusal for any treatment, procedure or other aspect of care for yourself and your baby.

5. You and your baby have the right to receive care that enhances and optimizes the normal processes of pregnancy, birth and postpartum under a model known as the midwifery (or motherbaby) model of care.

6. You and your baby have the right to receive continuous support during labor and birth from those you choose.

7. You have the right to be offered drug-free comfort and pain-relief measures during labor and to have the benefits of these measures and the means of their use explained to you and to your companions.

8. You and your baby have the right to receive care consisting of evidence-based practices proven to be beneficial in supporting the normal physiology of labor, birth and postpartum.

9. You and your baby have the right to receive care that seeks to avoid potentially harmful procedures and practices.

10. You have the right to receive education concerning a healthy environment and disease prevention.

11. You have the right to receive education regarding responsible sexuality, family planning and women’s reproductive rights, as well as access to family planning options.

12. You have the right to receive supportive prenatal, intrapartum, postpartum and newborn care that addresses your physical and emotional health within the context of family relationships and your community environment.

13. You and your baby have the right to evidenced-based emergency treatment for life-threatening complications.

14. You and your baby have the right to be cared for by a small number of caregivers who collaborate across disciplinary, cultural and institutional boundaries and who provide consultations and facilitate transfers of care when necessary to appropriate institutions and specialists.

15. You have the right to be made aware of and to be shown how to access available community services for yourself and your baby.

16. You and your baby have the right to be cared for by practitioners with knowledge of and the skills to support breastfeeding.

17. You have the right to be educated concerning the benefits and the management of breastfeeding and to be shown how to breastfeed and how to maintain lactation, even if you and your baby must be separated for medical reasons.

18. You and your baby have the right to initiate breastfeeding within the first 30 minutes after birth, to remain together skin-to-skin for at least the first hour, to stay together 24 hours a day and to breastfeed on demand.

19. Your baby has the right to be given no artificial teats or pacifiers and to receive no food or drink other then breast milk, unless medically indicated.

20. You have the right to be referred to a breastfeeding support group, if available, upon discharge from the birthing facility.

Autor: International MotherBaby Childbirth Initiative



Publicado no http://www.aleitamento.com/ em 10/4/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Refletindo, retomando, repensando

   Pronto, fiquei refletindo sobre o texto de ontem e queria enfatizar uns pontos importantes.

    O mais interessante e importante de tudo,  no final das contas, é saber do poder que a mulher tem nos ritos sexuais. MUITA mulher não sabe disso. Eu mesma FUI um delas. Mas reconheci e mudei.

Muito me entristece a visão pornográfica que temos do sexo e da mulher atualmente. Sexo não é só amor e romantismo, bem sei, mas daí para o apelo sexual que vemos em tudo hoje em dia, CREDO.

Os homens são maravilhosos, importantíssimos, valiosíssimos. MAS, como eu expliquei, quem define são os desejos femininos. O resto é falta de informação ou estupro. E ponto.

E, claro, não somos mais mulheres das cavernas, portanto tudo  conversado, pensado, refletido e interiorizado...  E então partimos para MUITAS interpretações e reflexões. Aqui, só a pontinha do iceberg. E adoro discutir e ouvir outras opiniões, porque aprendo mais.

E chega desse assunto por agora porque esse é um blog muito sério e familiar, de uma mulher, casada e com filhos! Humpf!

Inté!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Celebração Vermelha: Ciclos Femininos e Sexualidade

foto daqui
Hoje estou comememorando uma celebração que aconteceu ontem a segunda feira vermelha, um projeto mundial de valorização da menstruação e dos processos orgânicos femininos. Leiam no link sobre a história do projeto.

Para comemorar, continuarei escrevendo sobre a percepção orgânica essencial á nós, mulheres, para entender nossos ciclos e compreender o que se passa em nossos corpos, gerando uma consciência física e controle da fertilidade de maneira natural.

Mas hoje eu quero ir mais além, falar da própria sexualidade, inserida em um contexto de compreensão do ciclo feminino.

Falando claramente, desde que comecei a reparar o meu ciclo, meu muco cervical, meus humores e dores durante todo o ciclo orgânico que vivencio QUASE mensalmente, percebi que minha sexualidade, ou seja, o desejo sexual, a minha capacidade de excitação, os meus estados mentais são todos influenciados diretamente pela fase em que meu corpo se encontra em seu ciclo menstrual.

Mas o mais interessante, foi perceber uma fase bem instintiva, mamífera, animal, desse processo.

O jogo do sexo.

Na verdade, comecei a refletir sobre como o meu corpo atuava nos momentos em que eu estava mais sexual, aberta a uma relação. Por vezes, sentia uma vontade estranha de dançar. Quando o marido chegava perto, meus sentidos se aguçavam, talvez pelo CHEIRO, e eu me sentia tentada a tocá-lo e seduzi-lo. Um processo MUITO inconsciente, que eu só percebi por estar muito atenta.

(Entre os animais, a fêmea humana é uma das poucas que está aberta ao sexo durante todo o ciclo, já repararam? As cadelas, vacas, éguas, só permitem o ato sexual no momento proprício para procriação.
Em estudos na Universidade, estudamos o porquê desse acontecimento de abertura física e hormonal da mulher ao sexo e o professor explicou que  a mulher trocaria o sexo pela proteção constante do homem, sobre ela e as crias. Isso, claro, num contexto ancestral e completamente instintivo. Tentarei procurar mais sobre esses motivos.)

Depois me pus a refletir sobre o processo masculino da sexualidade e me lembrei de como os homens são rapidamente excitáveis por imagens. Eles não tem um ciclo interno hormonal que delimita e influencia sua sexualidade, eles precisam ser despertados. Por uma mulher desejosa.

Entendi porque nós mulheres não somos assim! Uma bunda masculina é muito mais uma simples bunda do que um objeto incontrolável de desejo para nós, PORQUE TEMOS UM PROCESSO DE REGULAÇÃO SEXUAL, CÍCLICO, HORMONAL INTERNO, QUE NOS CONTROLA.

foto daqui
Então entendi como nós somos PODEROSAS. E também me decepcionei, porquê usamos o nosso poder atualmente de forma extremamente equivocada.

Mulheres constantemente demonstrando estar receptivas ao sexo, confundindo todos os processos fisiológicos, cíclicos e sexuais humanos. Homens constantemente excitados e descontrolados, confusos.
Mulheres incapazes de entender seus ciclos próprios, também confusas.

E percebi como EU também fui muito confundida por esses fatores, essa sexualidade mentirosa, o que a sociedade nos impulsiona para e o que existe em nosso íntimo.

Então, hoje com esse texto, celebro! Os rituais do sexo, do amor! Celebro em meu corpo esse conhecimento, sincero. Respeito meus desejos e me faço respeitada.

Me inspiro em ancestralidade física e me presenteio com a consciência mental desses processos em meus ciclos menstruais, levando-me além do instinto, ao maior prazer físico e ao entendimento, elevando-me como mulher e ser-humana.

E nessa celebração menstrual, presenteio outras com a consciência.

E desejo muitas reflexões menstruais à todos.

sábado, 1 de maio de 2010

Mais sobre contracepção natural

Continuando sobre o texto de ontem e o meu recente projeto pessoal de nunca mais me entupir de hormônios, nem usar de qualquer método contraceptivo agressivo ao meu organismo, fui apresentada ao projeto Beautiful Cervix e ao delicioso site que abriga as belas e elucidativas fotos. Não só pelas fotos, mas também pelo que a autora descreve sobre seu próprio ciclo eu aprendi MUITO sobre os ciclos femininos.
Ela descreve o próprio ciclo como sendo de 33 dias e isso me permitiu sair do comum e perceber que o meu ciclo também não correspondia aos 28 dias!!! Ultimamente, tem sido mesmo de 33, 34 dias, sendo que a ovulação ocorre entre o entre o dia 20, 21 e menstruo por volta de 13 dias depois.

Um ponto interessante , que eu nunca havia reparado, ou lido, ou escutado, ou sequer algum ginecologista ou professor ou mulher mencionou, foi sobre o período entre a ovulação e a menstruação, poder durar de 12 a 16 dias e comigo, desde que comecei a reparar, durou  13 ou 14 dias. São detalhes pequenos que nos permitem contar fielmente cada pedaço do nosso ciclo.

Outro aprendizado interessante foi através das pesquisas sobre o método billings e outro fator decisivo foi descobrir que o período fértil não acontece 3 dias antes ou depois da ovulação, como estupidamente nos explicam durante a adolescência. O período fértil da mulher acontece quando o muco vaginal está favorável, podendo iniciar até 5 dias antes da ovulação, e estendendo até três dias depois.

Na verdade tudo depende do muco vaginal estar elástico (relações proibidas para quem não deseja engravidar!) ou seco. Logo após a menstruação, relações devem acontecer em dias alternados para observações a mudanças no muco.

Estou observando também a "maciez" da vulva, no período fértil e menstrual, ela fica mais macia e aconchegante, reparei. Outro fator é se o colo está alto ( difícil de alcançar com o dedo) ou baixo (facilmente alcançavel), o primeiro indicando período fértil e o segundo não fértil. Nesse dois últimos fatores ainda não estou bem certa e preciso pesquisar e observar melhor.

Lembrando que cada mulher tem suas particularidades que devem ser observadas para a eficácia do método. Pesquise bastante e se mesmo assim não se sentir segura, procure cursos em sua cidade! Muitas instituições religiosas oferecem  esses cursos!

As perguntas que fica para mim agora é:
Por quê esse método eficaz, natural, muito barato, relativamente simples é tão pouco difundido e utilizado?
Por quê projetos maravilhosos, elucidativos,  simples e baratos como o Beautiful Cervix, também são tão pouco divulgados?

Ganha um doce quem souber a resposta ;o)

Vamos divulgar esse método, mulheres!

E no dia 03, segunda feira, vamos comemorar uma data especial!!!
Ganha outro doce quem descobrir que data é!!!!!!!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um método contraceptivo totalmente natural!

      Nos últimos 3 meses, desde que voltei a ovular e menstruar, 1 ano e 1 mês após o nascimento da Leela, andei pesquisando bastante para descobrir se é possível não engravidar apenas observando o meu organismo. Ou seja, fazer controle familiar de maneira completamente natural, sem hormônios ou qualquer contraceptivo.

Meu ciclo menstrual nunca foi regular (talvez porque nunca o observei atentamente) tabelinha pura e simplesmente para mim nunca seria eficaz.

A Mírian, enfermeira obstetra aqui de BH, sugeriu o método billings, que se utiliza da observação diária do muco vaginal para saber em que etapa do ciclo menstrual a mulher está. O método é bem interessante e eficaz, MAS exige treinamento e conhecimento. Como eu não tenho ninguém a disposição para me ensinar ou treinar, rssss, estou aprendendo na marra! Uma rápida "googlada" no nome já nos mostra sites interessantes para aprender mais, inclusive livros que explicam com clareza o método. Eu não comprei nenhum, mas estou aprendendo na prática! E claro, enquanto não domino a técnica associo alguns métodos para não engravidar (camisinha, coito interrompido).

Além disso, pela Rebeca, fiquei sabendo desse projeto maravilhoso (observem especialmente o colo uterino por todo um ciclo!) e aprendi muito sobre o que observar. E claro, treinamento diário de observação. Fiquei muito animada depois de ver essas fotos e melhorei muito minhas observações!  Aprendo cada dia com o meu próprio corpo, meu muco, meu sangue, meus hormônios, meus sentimentos, minha sexualidade, meus ciclos.

É sobre esses ciclos femininos que estou a refletir, perdendo o sono e quero relatar aqui nos próximos textos.

Mais uma jornada de autoconhecimento...

terça-feira, 30 de março de 2010

Um ano blogando e porque me sinto um satélite



Ufa! Um ano se passou desde que comecei esse blog!
E que ano, louco, delicioso!
Leela já está uma "moça" hehe.
Anda, fala, vai para a escola.
Ravi já está cheio de opiniões próprias e respostas que nem queira discutir!

E eu....
Bom, minha vida, por enquanto (será?) gira ao redor deles,
Agora me sinto um satélite.
Iluminando esses planetinhas, vigiando, porque, apesar de pequenos, já rodam por aí, em torno de outro sol.

Mas eu até que estou fazendo bastante coisa para um satélite, rssss.
Aulas à tarde, textos e estudo a a noite, aulas de inglês no sábado, monitora em horas que nem sei como consigo e agora fui eleita síndica do prédio, hahaha.

Tudo lindo, viver é lindo!

E eu, percebem, ando muito otimista, acreditando que eu estou conseguindo encontrar respostas para as dificuldades diárias.

Tenho me lembrado muito de Simone de Beauvoir:
"Não se nasce mulher, torna-se"

A lua me rege, menina que acordo e mulher que me torno a cada dia!

terça-feira, 9 de março de 2010

Meus filhos queridos

Leela, foi para a escola, a mesma do Ravi.
Eu, voltei para a faculdade de Biologia.

Nos separamos todas a tardes, para que eu possa seguir um caminho.
Obter conhecimentos para pesquisas futuras.
Desejo contribuir para o mundo,
ainda não tenho claridade para dizer como,
mas ao menos vejo a trilha que segue.

O mundo debruça sobre meus ombros, cada vez que me separo dos meus filhos.

Textos, livros, estudos noite adentro,
a vida explode, pulsa, reprime, concentra.

Eu penso, penso, penso....
Quanto esforço!

Os pequenos crescem e eu não os delego.
Continuo mantendo minha vigília atenta sobre nossas manhãs, fins de tarde e dormimos todos juntos.

Dormir juntos é uma deliciosa recompensa.
Para todos.

Leela me chama para a cama, com um chorinho.
Eu vou, com muito prazer, querida.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sobre segurança ao parir em casa

Texto de Melania Amorim

"Li com atenção a interessante matéria do Guia do Bebê sobre Parto em Casa. Efetivamente, a recente notícia de que o parto da modelo Gisele Bundchen foi assistido nos Estados Unidos em sua própria residência, dentro da banheira, teve grande repercussão na mídia e despertou grande interesse em diversas mulheres, além de debate por diversas categorias profissionais.


Entretanto, mesmo bem preparada, a matéria peca por apresentar apenas o ponto de vista de uma única obstetra, sem considerar a visão de diversos outros profissionais que podem participar da assistência ao parto e, sobretudo, sem analisar a opinião das mulheres.



Como obstetra, pesquisadora e integrante do Movimento de Humanização do Parto no Brasil, não poderia deixar de contrapor a este ponto de vista, digamos, “oficial”, por refletir a opinião de grande parte dos médicos-obstetras em nosso País, considerações baseadas não em “achismos” ou receios, mas em evidências científicas.



O parto em casa, conquanto seja uma modalidade ainda pouco freqüente no Brasil, representa uma realidade dentro do modelo obstétrico de diversos outros países, como a Holanda, onde 40% dos partos são assistidos em domicílio, dentro do Sistema de Saúde. Mas vários outros países europeus e até os EUA contam com estatísticas confiáveis pertinentes aos partos atendidos em casa, e é impossível falar em RISCOS ou SEGURANÇA sem considerar os resultados dos diversos estudos já publicados sobre o tema.



Em 2005, chamou a atenção a publicação de um interessante estudo analisando os desfechos de partos domiciliares assistidos por parteiras na América do Norte: "Outcomes of planned home births with certified professional midwives: large prospective study in North America. O estudo incluiu 5418 mulheres. A taxa de transferência para hospital foi de 12%, com uma taxa de cesariana de 8, 3% em primíparas e 1,6% em multíparas.

A frequência de intervenções foi muito baixa, correspondendo a 4,7% de analgesia peridural, 2,1% de episiotomias, 1% de fórceps, 0,6% de vácuo-extrações e uma taxa global de 3,7% de cesarianas. A taxa de mortalidade perinatal (intraparto e neonatal) foi de 1,7 por 1.000, semelhante à observada em partos de baixo risco atendidos em ambiente hospitalar. Não houve mortes maternas. O grau de satisfação foi elevado (97% das mães avaliadas se declararam muito satisfeitas) . A conclusão deste estudo foi que os partos domiciliares assistidos por parteiras têm os mesmos resultados perinatais que os partos hosp italares de baixo risco, com uma frequência bem mais baixa de intervenções médicas. Entretanto, alguns críticos comentaram que o número de casos envolvidos seria insuficiente para determinar a segurança do parto domiciliar em termos de mortalidade materna e perinatal.



Seguiram-se vários outros estudos, publicados em diversas regiões do mundo, comparando a morbidade e a mortalidade tanto materna como perinatal entre partos domiciliares e hospitalares. A conclusão geral é que o parto domiciliar NÃO envolve mais riscos para mães e seus bebês, e cursa com vantagens diversas, relacionadas sobretudo à expressiva redução de intervenções e procedimentos. Partos assistidos em casa têm menor risco de episiotomia, de analgesia de parto, de uso de fórceps ou vácuo-extrator, de indicação de cesárea e a taxa de transferência hospitalar fica em torno de 12%. Destaca-se ainda o conforto e a satisfação das usuárias, que vivenciam uma experiência única e transformadora em seu próprio lar.



O estudo mais recente publicado no British Journal of Obstetrics and Gynecology (2009) analisou a morbimortalidade perinatal em uma impressionante coorte de 529.688 partos domiciliares ou hospitalares planejados em gestantes de baixo-risco: Perinatal mortality and morbidity in a nationwide cohort of 529,688 low-risk planned home and hospital births. [http://www3.interscience.wiley.com/journal/12232320 2/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0]. Nesse estudo, mais de 300.000 mulheres planejaram dar à luz em casa enquanto pouco mais de 160.000 tinham a intenção de dar à luz em hospital. Não houve diferenças significativas entre partos domiciliares e hospitalares planejados em relação ao risco de morte intrapa rto (0,69% VS. 1,37%), morte neonatal precoce (0,78% vs. 1,27% e admissão em unidade de cuidados intensivos (0,86% VS. 1,16%). O estudo conclui que um parto domiciliar planejado não aumenta os riscos de mortalidade perinatal e morbidade perinatal grave entre mulheres de baixo-risco, dese que o sistema de saúde facilite esta opção através da disponibilidade de parteiras treinadas e um bom sistema de referência e transporte.



Parteiras treinadas ou midwives, em diversos países, são aquelas profissionais que cursam em nível superior o curso de Obstetrícia e são treinadas para atender partos de baixo-risco e, ao mesmo tempo, desenvolvem habilidades específicas para identificar os casos de alto-risco, providenciar suporte básico de vida em emergências, tratar potenciais complicações e referenciar ao hospital, quando necessário. Essas profissionais, como a que atendeu Gisele Bundchen, estão aptas para prestar o atendimento à mãe durante todo o parto, bem como para assistir o bebê imediatamente após o nascimento e nas primeiras 24 horas de vida. Embora não haja necessidade de equipamentos sofisticados ou de UTI à porta da casa da parturiente, o material básico de reanimação neonatal é providenciado pelas parteiras certificadas. Parteiras também podem atender em hospital, de forma independente ou associadas co m médicos.

Uma revisão sistemática recente encontra-se disponível na Biblioteca Cochrane com o título de “Midwife-led versus other models of care for childbearing women”. Esta revisão demonstra que um modelo de cuidado com parteiras associa-se com vários benefícios para mães e bebês, sem efeitos adversos identificáveis. Os principais benefícios são redução de analgesia de parto, menor número de episiotomias e partos instrumentais, maior chance de a mulher ser atendida durante o parto por uma parteira já conhecida, maior sensação de manter o controle durante o trabalho de parto, maior chance de ter um parto vaginal espontâneo e de iniciar o aleitamento materno. A revisão conclui que se deveria oferecer à maioria das mulheres (gestantes de baixo-risco) a opção de ter gravidez e parto assistidos por parteiras.

Em resumo, as evidências científicas disponíveis corroboram a segurança e os efeitos benéficos do parto domiciliar. Apenas criticar e apontar possíveis complicações, sem comprovar as críticas com evidências bem documentadas, publicadas em revistas de forte impacto, não pode ser mais aceito em um momento da história em que os cuidados de saúde devem se respaldar não apenas na opinião do profissional mas, ao contrário, devem se embasar em evidências científicas sólidas. Este é o preceito básico do que se convencionou chamar de “Saúde Baseada em Evidências”, correspondendo à integração da experiência clínica individual com as melhores evidências correntemente disponíveis e com as características e expectativas dos pacientes”. Embora iniciado na Medicina (“Medicina Baseada em Evidências”) esse novo paradigma estende-se a todas as áreas e sub-áreas da Saúde.< span style="font-size: medium;">

Melania Amorim, MD, PhD

Médica formada pela UFPB

Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo IMIP

Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO

Mestre em Saúde Materno-Infantil pelo IMIP

Doutora em Tocoginecologia pela UNICAMP

Pós-doutora em Tocoginecologia pela UNICAMP

Pós-doutora em Saúde Reprodutiva pela OMS

Professora de Ginecologia e Obstetrícia da UFCG

Professora da Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil do IMIP

Colaboradora da OMS e revisora da Biblioteca Cochrane

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ah, esse carnaval....

Carnaval em BH é simplesmente delicioso!!!!!
Ainda mais para uma mãe de dois bebês!

Nem sei por onde começar...

-Nada de trânsito, ôôô maravilha!! Dirigir para a casa da minha mãe e chegar em 15 minutos, muito bom! As crianças agradecem!

-Menos poluição do ar... Menos carros, menos poluição. Incrível a diferença!

-Muuuito menos poluição sonora!! Ah.... o silêncio... Delícia, meus ouvidos agradecem...

-E ainda curtimos o Bailito de carnaval no Centro Cultural da UFMG, no sábado à tarde, Ravi de pirata, Leela de havaiana, aiaiaiaia, lindos!

-Nada de bagunça de rua... Nada de bêbados dirigindo... Nada de bêbados!!! Bagunça, só a da minha casa...

-Melhor que isso, só viajando para alguma rocinha boa por aí... hehehe, que é o que eu costumava fazer quando adolescente sem compromissos!

É bom ou quer mais?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Amor guerreiro

Diga, meu guerreiro noturno.

Se o amor tocará um dia em tua alma.

Com tanta leveza, desconhecível!

E tu, apenas beijas minha mão e suspiras comigo.

Energia, energia, energia, energia..................

E a eternidade passará por nós e então, seremos - la.

Meu guerreiro de luz.



Olha, que chega um tempo em que o tempo passa.

Prólogo


Absoluta.

Loucura em que existo, eu, que sou uma, por pensar ser e me enxergar
Mas,
Quem de fato comprova?

Que minhas células, cada uma, não se é, sozinha e única vida.

Ou que eu seja uma célula, de fato.
Pensa!!!

O significado de tudo, sim, ah!!, Claro, percebo, só pode ser....

Passou,

nem sei. Duvido do que apenas "agorinha mesmo" pensei.

Dúvido da verdade que você pensa quando me lê.

Entendes? Compreendes? Ou sequer percebes sutilmente??

Ou nem se interessa?

Pois bem, permaneço solitária, nasci assim, nascemos...

Ahh... Não me interessa.....

Está tudo começando apenas, engatinhamos.

Será que verei a humanidade caminhar?

Eu duvido que, mesmo eu, caminharei.
Eu, que como lestes no título,

nem sei.

Quem sou?

So sei que nem sei.

Bom, pelo menos por enquanto e por agora, não me pergunte daqui a 10 minutos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Açucar na alimentação, o grande vilão

"A maioria das pessoas cresce comendo "inocentemente" doces.

E a grande maioria contém muito açúcar branco, refinado. Desde pequenos, todos experimentam o açúcar: em gelatinas, em brigadeiros, nas papinhas, nos bolos, nos pães, no biscoito e por aí vai...

Se você fizer hoje uma lista de tudo que está comendo com frequência pode se assustar com a quantidade de açúcar que ingere.

Mas afinal, é só um docinho. Qual o problema?

O grande problema está na ação do açúcar sobre o nosso organismo..............................."

Para ler esse texto excelente e esclarecedor no blog Natureba e Cia, escrito pela Pérola,  clique aqui

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Petrificada




Petrificada

Doce furacão de ventos
danças e ventres
lenços, mistérios carentes


De tudo que, em ser, conheci


E de tudo que apenas vislumbrei, sem dançar
(E por isso sofri)


Se entrego minha doçura-angústia
devoto minh'alma e morte;


fluidica, estendo o coração, elástico.


Mas não me saboreas, tu.
Me devoras.


Eu, engolida por minhas pedras...






 Tento me catar.