sexta-feira, 14 de maio de 2010

Acabada, direitos mãe e bebê e força para continuar!

Daí, que eu estou tão cansada e acabada que não consigo nem dormir direito.

Alguns textos em andamento, mas nada pronto.

Mas, sei que posso fazer muito mais, tento me organizar a cada dia!


Abaixo um texto com os direitos da mãe e do bebê ao nascer.

Espalhem essa informação!

Para quem mora em BH e deseja mais informações: http://www.bemnascer.com.br/



Os direitos do Binomio “MãeBebe
(MãeBebe juntinhos assim sem separação entre eles)


(derivados da Iniciativa Internacional para o Nascimento “MãeBebe”)



1. Você e seu bebe têm o direito de serem tratados com respeito e dignidade.
2. Você tem o direito de estar envolvida e completamente informada sobre a assistência que você e seu bebê recebem.

3. Você tem o direito de receber informação numa linguagem e terminologia que lhe sejam compreensíveis.

4. Você tem o direito ao consentimento informado e à recusa informada para qualquer tratamento, procedimento ou outro aspecto da assistência para você e seu bebe.

5. Você e seu bebe têm o direito de receber assistência que fortalece e otimiza os processos normais de gravidez, parto e pós-parto em um modelo de assistência conhecido como “parteria” ou “MãeBebe”.

6. Você e seu bebe têm o direito de receber suporte emocional contínuo por pessoa de sua escolha durante o trabalho de parto e no parto.

7. Você tem o direito a que lhe sejam oferecidas medidas de conforto e alívio não farmacológico da dor durante o trabalho de parto e de que sejam explicados para si e seus familiares os benefícios de tais medidas e seus meios.

8. Você e seu bebe têm o direito de que a assistência recebida consista de práticas baseadas em evidências científicas comprovadamente benéficas de apoio ao processo fisiológico normal de trabalho de parto, parto e pós-parto.

9. Você e seu bebe têm o direito de receber assistência que busque evitar procedimentos e práticas potencialmente danosos.

10. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes a ambiente saudável para atenção ao parto e prevenção de doenças.

11. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes à sexualidade responsável, planejamento familiar e sobre os direitos reprodutivos das mulheres, assim como acesso às opções de planejamento familiar.

12. Você tem o direito de receber assistência ao pré-natal, ao parto, ao pós-parto e ao recém nascido centrada em sua saúde física e emocional, no contexto de suas relações familiares e no ambiente de sua comunidade.

13. Você e seu bebe têm direito a tratamento de emergências baseado em evidências científicas para condições que colocam em risco suas vidas.

14. Você e seu bebe têm direito a serem assistidos por pequeno número de prestadores de cuidado que trabalhem de forma colaborativa de forma transdisciplinar, transcultural e interinstitucional, que providenciem interconsultas com especialistas indicados e facilitem transferências para instituições apropriadas quando for necessário.

15. Você tem o direito a tomar conhecimento e que lhe mostrem como acessar os serviços comunitários disponíveis para você e seu bebe.

16. Você e seu bebe têm o direto de serem cuidados por prestadores com conhecimentos e habilidades para apoiar a amamentação.

17. Você tem o direito de receber orientações educativas referentes aos benefícios e ao manejo da amamentação e que lhe seja mostrado como amamentar e como manter a lactação, mesmo quando você e seu bebe precisam ficar separados por razões médicas.

18. Você e seu bebe têm o direito de iniciar a amamentação nos primeiros 30 minutos após o parto, de ficarem juntos em contato pele-a-pele pelo menos na primeira hora de vida, de ficar juntos nas 24 horas do dia e de amamentar sob livre demanda.

19. Seu bebe tem o direito de que não lhe sejam oferecidos bicos artificiais ou chupetas, e que não lhe seja oferecida nenhuma outra comida ou bebida além do leite materno, a não ser que seja medicamente indicado.

20. Você tem o direito de ser encaminhada a um grupo de apoio à amamentação, se disponível, após a alta do serviço de atenção ao parto.


* Nossos agradecimentos a Marcia Westmoreland, Robbie Davis-Floyd e Rodolfo Gomez pelo seu trabalho de extrapolar esses direitos do binòmio MãeBebê do texto da IMBCI.




Traduzido para o português por Daphne Rattner



MotherBaby Rights*


(derived from the International MotherBaby Childbirth Initiative)

1. You and your baby have the right to be treated with respect and dignity.

2. You have the right to be involved in and fully informed about care for yourself and your baby.

3. You have the right to be communicated with in a language and in terminology that you understand.

4. You have the right to informed consent and to informed refusal for any treatment, procedure or other aspect of care for yourself and your baby.

5. You and your baby have the right to receive care that enhances and optimizes the normal processes of pregnancy, birth and postpartum under a model known as the midwifery (or motherbaby) model of care.

6. You and your baby have the right to receive continuous support during labor and birth from those you choose.

7. You have the right to be offered drug-free comfort and pain-relief measures during labor and to have the benefits of these measures and the means of their use explained to you and to your companions.

8. You and your baby have the right to receive care consisting of evidence-based practices proven to be beneficial in supporting the normal physiology of labor, birth and postpartum.

9. You and your baby have the right to receive care that seeks to avoid potentially harmful procedures and practices.

10. You have the right to receive education concerning a healthy environment and disease prevention.

11. You have the right to receive education regarding responsible sexuality, family planning and women’s reproductive rights, as well as access to family planning options.

12. You have the right to receive supportive prenatal, intrapartum, postpartum and newborn care that addresses your physical and emotional health within the context of family relationships and your community environment.

13. You and your baby have the right to evidenced-based emergency treatment for life-threatening complications.

14. You and your baby have the right to be cared for by a small number of caregivers who collaborate across disciplinary, cultural and institutional boundaries and who provide consultations and facilitate transfers of care when necessary to appropriate institutions and specialists.

15. You have the right to be made aware of and to be shown how to access available community services for yourself and your baby.

16. You and your baby have the right to be cared for by practitioners with knowledge of and the skills to support breastfeeding.

17. You have the right to be educated concerning the benefits and the management of breastfeeding and to be shown how to breastfeed and how to maintain lactation, even if you and your baby must be separated for medical reasons.

18. You and your baby have the right to initiate breastfeeding within the first 30 minutes after birth, to remain together skin-to-skin for at least the first hour, to stay together 24 hours a day and to breastfeed on demand.

19. Your baby has the right to be given no artificial teats or pacifiers and to receive no food or drink other then breast milk, unless medically indicated.

20. You have the right to be referred to a breastfeeding support group, if available, upon discharge from the birthing facility.

Autor: International MotherBaby Childbirth Initiative



Publicado no http://www.aleitamento.com/ em 10/4/2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Refletindo, retomando, repensando

   Pronto, fiquei refletindo sobre o texto de ontem e queria enfatizar uns pontos importantes.

    O mais interessante e importante de tudo,  no final das contas, é saber do poder que a mulher tem nos ritos sexuais. MUITA mulher não sabe disso. Eu mesma FUI um delas. Mas reconheci e mudei.

Muito me entristece a visão pornográfica que temos do sexo e da mulher atualmente. Sexo não é só amor e romantismo, bem sei, mas daí para o apelo sexual que vemos em tudo hoje em dia, CREDO.

Os homens são maravilhosos, importantíssimos, valiosíssimos. MAS, como eu expliquei, quem define são os desejos femininos. O resto é falta de informação ou estupro. E ponto.

E, claro, não somos mais mulheres das cavernas, portanto tudo  conversado, pensado, refletido e interiorizado...  E então partimos para MUITAS interpretações e reflexões. Aqui, só a pontinha do iceberg. E adoro discutir e ouvir outras opiniões, porque aprendo mais.

E chega desse assunto por agora porque esse é um blog muito sério e familiar, de uma mulher, casada e com filhos! Humpf!

Inté!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Celebração Vermelha: Ciclos Femininos e Sexualidade

foto daqui
Hoje estou comememorando uma celebração que aconteceu ontem a segunda feira vermelha, um projeto mundial de valorização da menstruação e dos processos orgânicos femininos. Leiam no link sobre a história do projeto.

Para comemorar, continuarei escrevendo sobre a percepção orgânica essencial á nós, mulheres, para entender nossos ciclos e compreender o que se passa em nossos corpos, gerando uma consciência física e controle da fertilidade de maneira natural.

Mas hoje eu quero ir mais além, falar da própria sexualidade, inserida em um contexto de compreensão do ciclo feminino.

Falando claramente, desde que comecei a reparar o meu ciclo, meu muco cervical, meus humores e dores durante todo o ciclo orgânico que vivencio QUASE mensalmente, percebi que minha sexualidade, ou seja, o desejo sexual, a minha capacidade de excitação, os meus estados mentais são todos influenciados diretamente pela fase em que meu corpo se encontra em seu ciclo menstrual.

Mas o mais interessante, foi perceber uma fase bem instintiva, mamífera, animal, desse processo.

O jogo do sexo.

Na verdade, comecei a refletir sobre como o meu corpo atuava nos momentos em que eu estava mais sexual, aberta a uma relação. Por vezes, sentia uma vontade estranha de dançar. Quando o marido chegava perto, meus sentidos se aguçavam, talvez pelo CHEIRO, e eu me sentia tentada a tocá-lo e seduzi-lo. Um processo MUITO inconsciente, que eu só percebi por estar muito atenta.

(Entre os animais, a fêmea humana é uma das poucas que está aberta ao sexo durante todo o ciclo, já repararam? As cadelas, vacas, éguas, só permitem o ato sexual no momento proprício para procriação.
Em estudos na Universidade, estudamos o porquê desse acontecimento de abertura física e hormonal da mulher ao sexo e o professor explicou que  a mulher trocaria o sexo pela proteção constante do homem, sobre ela e as crias. Isso, claro, num contexto ancestral e completamente instintivo. Tentarei procurar mais sobre esses motivos.)

Depois me pus a refletir sobre o processo masculino da sexualidade e me lembrei de como os homens são rapidamente excitáveis por imagens. Eles não tem um ciclo interno hormonal que delimita e influencia sua sexualidade, eles precisam ser despertados. Por uma mulher desejosa.

Entendi porque nós mulheres não somos assim! Uma bunda masculina é muito mais uma simples bunda do que um objeto incontrolável de desejo para nós, PORQUE TEMOS UM PROCESSO DE REGULAÇÃO SEXUAL, CÍCLICO, HORMONAL INTERNO, QUE NOS CONTROLA.

foto daqui
Então entendi como nós somos PODEROSAS. E também me decepcionei, porquê usamos o nosso poder atualmente de forma extremamente equivocada.

Mulheres constantemente demonstrando estar receptivas ao sexo, confundindo todos os processos fisiológicos, cíclicos e sexuais humanos. Homens constantemente excitados e descontrolados, confusos.
Mulheres incapazes de entender seus ciclos próprios, também confusas.

E percebi como EU também fui muito confundida por esses fatores, essa sexualidade mentirosa, o que a sociedade nos impulsiona para e o que existe em nosso íntimo.

Então, hoje com esse texto, celebro! Os rituais do sexo, do amor! Celebro em meu corpo esse conhecimento, sincero. Respeito meus desejos e me faço respeitada.

Me inspiro em ancestralidade física e me presenteio com a consciência mental desses processos em meus ciclos menstruais, levando-me além do instinto, ao maior prazer físico e ao entendimento, elevando-me como mulher e ser-humana.

E nessa celebração menstrual, presenteio outras com a consciência.

E desejo muitas reflexões menstruais à todos.

sábado, 1 de maio de 2010

Mais sobre contracepção natural

Continuando sobre o texto de ontem e o meu recente projeto pessoal de nunca mais me entupir de hormônios, nem usar de qualquer método contraceptivo agressivo ao meu organismo, fui apresentada ao projeto Beautiful Cervix e ao delicioso site que abriga as belas e elucidativas fotos. Não só pelas fotos, mas também pelo que a autora descreve sobre seu próprio ciclo eu aprendi MUITO sobre os ciclos femininos.
Ela descreve o próprio ciclo como sendo de 33 dias e isso me permitiu sair do comum e perceber que o meu ciclo também não correspondia aos 28 dias!!! Ultimamente, tem sido mesmo de 33, 34 dias, sendo que a ovulação ocorre entre o entre o dia 20, 21 e menstruo por volta de 13 dias depois.

Um ponto interessante , que eu nunca havia reparado, ou lido, ou escutado, ou sequer algum ginecologista ou professor ou mulher mencionou, foi sobre o período entre a ovulação e a menstruação, poder durar de 12 a 16 dias e comigo, desde que comecei a reparar, durou  13 ou 14 dias. São detalhes pequenos que nos permitem contar fielmente cada pedaço do nosso ciclo.

Outro aprendizado interessante foi através das pesquisas sobre o método billings e outro fator decisivo foi descobrir que o período fértil não acontece 3 dias antes ou depois da ovulação, como estupidamente nos explicam durante a adolescência. O período fértil da mulher acontece quando o muco vaginal está favorável, podendo iniciar até 5 dias antes da ovulação, e estendendo até três dias depois.

Na verdade tudo depende do muco vaginal estar elástico (relações proibidas para quem não deseja engravidar!) ou seco. Logo após a menstruação, relações devem acontecer em dias alternados para observações a mudanças no muco.

Estou observando também a "maciez" da vulva, no período fértil e menstrual, ela fica mais macia e aconchegante, reparei. Outro fator é se o colo está alto ( difícil de alcançar com o dedo) ou baixo (facilmente alcançavel), o primeiro indicando período fértil e o segundo não fértil. Nesse dois últimos fatores ainda não estou bem certa e preciso pesquisar e observar melhor.

Lembrando que cada mulher tem suas particularidades que devem ser observadas para a eficácia do método. Pesquise bastante e se mesmo assim não se sentir segura, procure cursos em sua cidade! Muitas instituições religiosas oferecem  esses cursos!

As perguntas que fica para mim agora é:
Por quê esse método eficaz, natural, muito barato, relativamente simples é tão pouco difundido e utilizado?
Por quê projetos maravilhosos, elucidativos,  simples e baratos como o Beautiful Cervix, também são tão pouco divulgados?

Ganha um doce quem souber a resposta ;o)

Vamos divulgar esse método, mulheres!

E no dia 03, segunda feira, vamos comemorar uma data especial!!!
Ganha outro doce quem descobrir que data é!!!!!!!