sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mente fria, corpo quente.

imagem daqui
Sim, eu estudo, em uma universidade. Eu trabalho um pouco também.
Vou às aulas de inglês.

Meus filhos, no entanto, estão sempre em primeiro lugar.

Não há como ser diferente.

Frutos do meu corpo,
resquícios do meu sangue,
paridos através do esforço da minha mente e corpo,
alimentados com o sangue filtrado pelos meus orgãos
e purificado em leite escorrido dos seios desse meu corpo,
que sabe que é para isso que existe, humana, que sou.

Minha mente se reinventa, se desfaz, se renova, acontece, revira, esforça para ser a super mulher que a atual era da humanidade me proporciona vir a ser. E sim, isso tudo é muito importante. Eu quero ser sim, mais do que simplesmente humana. Sim, eu desejo o conhecimento, o trabalho mental, a construção constante de algo melhor dentro de mim.

Mas meu corpo, ah, esse... Não o esqueço, nem desejo negá-lo.

Meu corpo animal e ancestral, uma célula que se especializou em corpo.
Meus filhos nascidos dessas vísceras, surgidos em meu útero. Vida!

Sou ancestral e sou do futuro (talvez mais ancestral do que do futuro, mas eu chego lá.)

Nada contraditório, dentro de mim. O mundo ancestral valorizava mais a mulher do que o mundo atual, e com isso eu também me identifico.

Eu quero ter mais um filho.
Eu quero fazer um doutorado, eu quero escrever livros, criar para o mundo.

Que minhas falhas sejam menores e que meu ser possa encontrar meios de frustar as frustações e realizar-se, engradecer-se, prover o mundo e meus filhos com o retorno de algo maior, melhor, de mim.


Essa é minha oração, nessa noite fria. (Dedicado à amiga de classe e blogueira Stela e à Iara, amiga e célula extremamente especial lizada)

3 comentários:

Índigo disse...

ai que lindo carol! só vi agora que tinha um texto dedicado a mim! oooh

foi muito bom te conhecer esse semestre! vamos marcar um dia pra gente conversar tranquilamente, sem ter que pensar em planos de aula! hahahha

beijao pra vc e os pequenos :)

Carol Flor disse...

Stelinha querida, para você por também estar nessa luta (inesgotável) de descobrir quem é você, mulher!!!

Beijo e adorei ser sua parceira de trabalho!

Iara disse...

Que lindo, Carol! E só agora vc me mostra? kkkk... Não pode uma coisa dessas!
Muito obrigada! :)

Beijos! E Beijos no pé dos filhotes!

Iara (uma célula que ainda vai demorar muito pra de fato se especializar em alguma coisa!)