domingo, 4 de setembro de 2011

Metáforas

No dia em que eu matei, eu morri.

E depois de um tempo me enterrei.

Hoje, sou a criança que eu fui, brotei nesse túmulo.

Reecarnei.

O passado é uma cicatriz trágica, que não dói mais,

uma marca estampada na  testa, quem finge não ver?

Lembre-se, não somos inocentes, crescer é se responsabilizar.

Eu sou um corpo solitário nesse mundo.

Não existem metáforas para isso.



3 comentários:

Anônimo disse...

Continue escrevendo. A escrita nos torna menos solitárias, ameniza a dor e chega a quem também precisa de conforto e alegria.

Carol Flor disse...

Continuo escrevendo. Obrigada.

Anônimo disse...

Eu que agradeço!
Gostaria de compartilhar com vc um poema que escrevi.


Os Mares e as marés

Os mares da minha vida
Me levam nas ondas
pra lá
e pra cá...

Navego no desconhecido
Em noite de tempestade

O céu estrelado existe
Embora não seja visto.

A lua se transforma
e traz outras cenas.
Paisagens sem fim...

Alternância das marés

O mar transborda
e molha minhas pernas

O mar se contém
E me acaricia

Criança que sou,
Me entrego
Criança que sou,
Espio.
Pelo buraquinho cavado na areia
Observo o fundo do mar...

Navios naufragados, reminiscências
E vida!!

Cavalos marinhos brincam,
as algas balançam incansáveis
esbanjando vitalidade.

Uma onda gigante e furiosa me pega
e leva pro fundo do mar

Poderia viver com as algas e cavalos marinhos ?