sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para mim

Para alguém que repensa cada instante,
mas sabe que escrever é um se congelar.

Poesia.

Para alguém que deseja se entender,
mas desconfia que nunca o fará.

Poesia.

Para alguém que reconhece e agradece,
mas não gosta de citar.

Poesia.


Para alguém que entende o prazer de discutir,
mas odeia brigar.

Poesia.

Para alguém que o conhecimento é parco
mas o sentimento, emoção e a curiosidade não permitem descansar.

Poesia.

Para alguém que pretende descrever o simples viver,
Mas rejeita o simplificar.

Poesia.

Para os que pouco sabem,
mas que amam divagar.

Poesia

Para aqueles que vivem sob as regras,
mas desejariam transbordar.

Poesia.


Para mim,
essa poesia...

3 comentários:

Michelle Siqueira disse...

Oi, Carol.

Para alguém que ainda opta por revestir as palavras de um tom reflexivo, mesmo que isso muitas vezes determine uma falsa inexatidão.

Poesia.


Gostei muito. Poesia é um bom conselho, mas difícil de seguir. Para mim, claro, que prefiro a prosa. Mais direta, porém não menos sentida.

Um abraço, obrigada pela visita no jANELA pESSOAL.

Volto aqui qualquer dia e assim, falemos...

Um abraço,
Michelle

Natalia disse...

Sim.
Porque, mesmo em prosa, mesmo em gesto, mesmo em silêncio, só a poesia ocupa espaços sem os preencher, só ela junta na distância, só ela faz caber o que nunca terá lugar.

Que surpresa bonita vir parar aqui.

Eu tenho um leite e prosa. Mas prosa porque é em prosa. O que não exclui a Poesia. Muito pelo contrário...

Certamente volto.

Beijos
Natalia

Carol Flor disse...

Oi Natália, obrigada pela visita, lindo seu Benjamin!!!!